Entrevista Albano Schmidt – presidente Simpesc (Sindicato da Indústria de Material Plástico de Santa Catarina)
A equipe de comunicação da Messe Brasil entrevistou Albano Schmidt, presidente do Simpesc (Sindicato da Indústria de Material Plástico de Santa Catarina), para saber como está o mercado catarinense de plásticos, previsões para o próximo ano e de que a forma a Interplast 2016 deve contribuir com a competitividade do setor. Confira:
Messe Brasil: Qual a importância do plástico para o mercado catarinense?
Albano Schmidt: O setor de produtos transformados plásticos participa com 4,9% do Valor da Transformação Industrial do Estado. Com isso representamos cerca de 15% do total de produtos plásticos produzidos no país, ficando atrás apenas de São Paulo.
Messe Brasil: Como o senhor analisa o desempenho do segmento de plásticos em Santa Catarina em 2015?
Albano Schmidt: Sem dúvida foi um ano atipicamente desafiador. A maior parte das empresas passou o ano tentando manter as operações em um ano em que muitos sucumbiram à crise, ao aperto do crédito e à retração da demanda. Mas temos esperança de que em 2016 possamos iniciar alguma reação.
Messe Brasil: Quais as expectativas e desafios para 2016?
Albano Schmidt: O ajuste fiscal ainda não foi concluído, as questões políticas vão continuar a ter um impacto sobre a atividade e a confiança dos consumidores e dos empresários. Mas a taxa de câmbio foi para o patamar que esperávamos e isso ajuda um pouco, pois estamos mais competitivos frente aos importados e podemos voltar a pensar em exportar. Temos também que buscar melhorar nossos indicadores de produtividade, desenvolver produtos e inovar. Há instrumentos e incentivos para isso, que, no entanto, precisam ser melhor difundidos.
Messe Brasil: Quais as peculiaridades da indústria catarinense no segmento, comparado aos demais estados brasileiros?
Albano Schmidt: Temos uma indústria bastante diversificada e distribuída em vários pólos produtivos, formando, em alguns casos, verdadeiros clusters empresariais. Isso é pouco comum no Brasil. O sul é concentrado na produção de descartáveis. A região de Florianópolis é especializada em embalagens industriais. No oeste temos alguns dos maiores produtores de embalagens para produtos alimentícios, como carne e frango. E na região de Joinville e Blumenau estão em maior número os produtores de peças técnicas para os setores automotivo e de eletroeletrônicos, produtores de utilidades domésticas, brinquedos, além de alguns dos maiores produtores de produtos para construção civil do país.
Messe Brasil: A Interplast é a feira da cadeia do plástico mais importante de 2016 no país. Diante disso, qual a contribuição que um evento deste porte pode oferecer para as empresas do segmento?
Albano Schmidt: Passamos por um momento de grandes dificuldades para o mercado e a projeção para 2016 não é diferente. Neste momento, uma feira da magnitude e com a importância da Interplast é fundamental para o segmento. Ávidos em busca de informações e soluções, os participantes da Interplast terão a oportunidade de se apresentar para o mercado. Encontrarão uma série de novidades, produtos e tecnologias para se diferenciar e se reinventar, em busca de novos mercados, possibilidades e clientes.
Messe Brasil: Qual a importância da Interplast para o sindicato?
Albano Schmidt: A presença da nossa entidade como realizadora da feira e, também, como expositora em estante coletivo com as empresas associadas é de fundamental importância para divulgar a expressão do mercado plástico, pois é através dos projetos realizados com o associativismo que as empresas associadas podem se desenvolver e capacitar os seus profissionais, com maior integração, troca de experiências e menor custo. Participando da INTERPLAST as empresas associadas terão maior visibilidade para contatos e para futuras parcerias, divulgando os serviços e produtos, bem como prospectando novos negócios.
Dados de Santa Catarina:
Messe Brasil: Quantas empresas do setor de plástico estão sediadas em SC?
Albano Schmidt: Temos 964 empresas do setor, segundo o último levantamento (2014).
Messe Brasil: Quantos empregos são gerados?
Albano Schmidt: São cerca de 32 mil empregos diretos. Para cada emprego direto, nosso setor normalmente gera outros 2 indiretos. Podemos dizer que são cerca de 100 mil trabalhadores que dependem da indústria de transformação de plásticos catarinense. Se pensarmos que cada um desses 100 mil é responsável por uma família de 3 ou 4 pessoas, teremos aí a real dimensão do impacto econômico que nossa indústria representa.
Messe Brasil: Quais setores se destacam na região (construção civil, automobilístico etc.)?
Albano Schmidt: Os principais são produtos para construção civil, embalagens industriais e de alimentos, peças técnicas, utilidades domésticas, produtos descartáveis.
Messe Brasil: Qual o volume de produção toneladas/ano?
Albano Schmidt: Esse ano deveremos ter uma pequena retração em relação ao ano passado, quando foram produzidas 1.065 mil toneladas de produtos transformados.
Messe Brasil: Qual o status que Santa Catarina ocupa perante os outros estados em volume de produção?
Albano Schmidt: Somos o segundo no ranking nacional. Estamos atrás apenas de São Paulo, que produz quase três vezes mais do que nosso Estado. Mas produzimos tanto quanto Paraná e Rio Grande do Sul juntos, que ocupam 3ª e 4ª posições no ranking.
Serviço
Interplast 2016 – Feira e Congresso de Integração da Tecnologia do Plástico – www.interplast.com.br
EUROMOLD BRASIL – Feira Mundial de Construtores de Moldes e Ferramentarias, Design e Desenvolvimento de Produtos
Data: 16 a 19 de agosto de 2016
Horário: 14 às 21 horas
Local: Expoville – Joinville-SC – Brasil
Organização: Messe Brasil
Assessoria de imprensa
Messe Brasil (www.messebrasil.com.br) 55 47 3451-3000
Renata Freitas de Camargo – renata@messebrasil.com.br